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.e quando formos nós?

Hoje eu li um texto escrito pela minha avó, e eu me senti culpada.

Senti-me culpada pela forma que eu falo com ela às vezes, pela maneira que a trato, por discussões, brigas e palavras idiotas que já a fiz ouvir.

Por isso tenho raiva de mim; e tenho medo. Medo do agora e do depois.

Eu postei o que ela escreveu em um lugar (Cappie, me desculpe pelo link aqui!), e o meu medo é que, no futuro, nós estaremos no lugar deles.

Não, o medo não é do envelhecimento em si, mas das pessoas. Se hoje a maioria de nós trata os idosos estupidamente, às vezes até os negligenciando, como será conosco?

Deve ser horrível você dedicar sua vida para uma pessoa, e quando ela já tiver idade e tamanho o suficiente para se virar sozinha, ela te larga num lugar qualquer, sem carinho ou contato com a família; isso é... Inadmissível. Justamente quando você precisa dela! Justamente quando você mais precisa dela...

Eu não sou uma completa estúpida com os mais velhos, disso, acho que posso me orgulhar.

Por ter sido criada por minha avó, eu tenho o máximo de respeito possível. Mas isso não significa que eu, sem querer, machuque a pessoa que mais amo: ela. Ela que cuidou de mim; e cuida até hoje, sem ter obrigação alguma, pois ela poderia ter me largado em uma casa de adoção, tendo em vista que ninguém me queria.

Pensar nisso me dá vontade de chorar.

Como temos coragem de fazer isso? Eu não perdoaria meu pai se ele resolvesse mandar minha avó pra longe. Ela precisa de mim. Ela precisa de nós.

Eu acho esse um assunto importante, e um grande alerta também. Aí fica a pergunta e a dúvida: E quando formos nós?

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