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.are you proud of who I am?

Pois eu não estaria. E apesar de nunca deixar transparecer, eu me sinto mal por não preencher, digamos, os requisitos e tudo aquilo que meus pais almejaram para mim ou por mim.

E eu me pergunto se, hoje, meu tio teria orgulho de mim. Repito a minha primeira frase, só um poucochinho modificado: eu não teria.

Eu sou uma pessoa difícil de conviver, não faço nada que preste ou para ajudar aqueles que vivem comigo e ainda dificulto mais a vida deles. E como se não bastasse minhas notas também são horríveis. Porque se não fossem, eu poderia até falar: “Qualé, eu tirei total em (quase) tudo, me dêem um tempo”. Mas não. Nem isso eu posso falar.

Contento-me (não, não me contento, mas é o que consigo) com notas medíocres e passar de ano “me arranhando toda”, porque nem raspando eu passo.

Eu tenho vergonha de mim mesma. Eu não me apresentaria com orgulho, eu não me elogiaria. No fundo, eu sei que eles estão certos. Eu não mereço o que tenho, e por isso, eu vivo me perguntando: “porque eu os tenho, então?”. O título foi inspirado numa música da Christina Aguilera, “Hurt”. Essa música já me fez chorar muito, e não há uma vez que eu a escute e que não me faça refletir.

É um assunto muito delicado de se tocar, eu não consigo ser coerente falando disso. Eu sou estranha, muitas vezes me contradigo, não consigo completar o que comecei... O que está acontecendo agora.

Eu só queria ser diferente.

Eu só quero que eles tenham orgulho de mim.

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